30/11/13

Jardins do Paraíso ( XXXIV )


 
Por vezes sucede, e desta vez aconteceu com Chris Darrow.
Há anos que o seu primeiro álbum a solo – “Artist Proof” - repousa numa estante, mas só um par de meses atrás lhe descobri a verdadeira grandeza por via da reedição em CD levada a cabo pela Drag City.

Oriundo dos seminais Kaleidoscope, uma das bandas americanas que melhor fusionou o psicadelismo com as raízes do country, Darrow seguiu o trilho e escreveu um conjunto de canções que resistiram bem à patine do tempo. Pensem nos Byrds de Gram Parsons, em Gene Clark, nos Stones de “Wild Horses” e estão quase lá.
Artist Proof” ( 1972 ) foi calibrado de acordo com os padrões em vigor na época ( como músico de sessão, Darrow havia participado nas gravações de “Songs of Leonard Cohen” e “Sweet Baby James” de James Taylor ) mas o seu espectro sonoro vai muito para além disso.
 
Intemporal e decisivo. Uma (re)descoberta surpreendente.