11/05/09

Weird Owl "Ever the silver cord be loosed"


Um quinteto oriundo de Brooklyn, os Weird Owl, embora urbanos, expressam-se num “rural rock “ de inspiração psicadélica que encontra as suas raízes nos velhos Crazy Horse e parece olhar com simpatia para bandas contemporâneas como My Morning Jacket ou Dead Meadow.

Dito isto, importa referir que, apesar do potencial que prenunciam, os Weird Owl são ainda demasiado influenciados pela liga “stoner rock”, faltando-lhes dar o necessário golpe de asa que lhes permita integrar outras e mais sofisticadas ligas.

Ever the silver cord be loosed”, o registo de estreia, possui os seus momentos: “Skeletelepathic” acolhe uma “slide guitar” antológica e descende com orgulho de “Cinnamon girl”; “13 arrows, 13 stars” reporta-se à mítica batalha de Little Bighorn, é dominada por uma secção rítmica inspirada nas danças de guerra indígenas enquanto, na penumbra de “Tonight’s the night”, uma “guitarra Nils Lofgren” faz os possíveis por se tornar notada; “Tobin’s spirit guide” é um espaço onde as guitarras planam preguiçosas sobre um baixo que lidera , como em “Cortez the Killer”.



Porém se o patamar a atingir for, como tudo parece indicar, “Zuma” mais até do que “Everybody knows this is nowhere” ( a razão poderá estar na diferença dos estilos de Danny Whitten e Frank Sampedro ) então os Weird Owl ainda terão de se libertar de alguns tiques “stoner” e moldar as melodias por forma a que as canções descolem instantaneamente.

Com “Ever the silver cord be loosed” a banda de Brooklyn posiciona-se muito bem face à concorrência directa ( Black Mountain, Black Angels, etc ) mas está ainda algo distante do paradigma almejado. Se tudo correr sem imponderáveis, é muito provável que o próximo Cd nos surpreenda verdadeiramente.