06/02/09

Magic Lantern "High beams"



Movimentando-se na esfera da new-wave psicadélica, influenciados e aderentes à estética do krautrock dos 70s, do space-rock dos Hawkwind, do etno-industrial “façon” Savage Republic e da cena japonesa dos 90s, os Magic Lantern seguem as pisadas mais recentes de Sunburned Hand of the Man, Wooden Shjips e Residual Echoes. Alimentam as novas derivas de uma linguagem musical que desde a nascença não tem parado de se reinventar.

Em concreto, aqui em Long Beach / California, de onde é originário o quinteto, o som é vibrante, coberto de mantras, cimentado pelo drone, envolto em acid-jams e incenso.

Relativamente ao álbum de estreia homónimo, “High Beams” é um enorme passo em frente, sendo que a estrutura de qualquer dos cinco temas está fortemente ancorado em todos e cada um dos exemplos atrás citados.


“Deathshead hawkmoth” é sobretudo pesado; sustentado por um órgão plantado nas planícies cósmicas, repetidamente bombardeadas por um blitz de riffs; “Feasting on a energy” e “Vampires in heat” definem-se a si próprios como acid-jams onde o baixo tonitruante funciona como motor propulsor. A terminar, o longo “Cactus Raga”, corporiza um “freakout boogie” atirado para o espaço com invulgar ferocidade e que num futuro próximo pode muito bem vir a significar um hino segundo os Magic Lantern.

De certa forma hermético e a requerer total disponibilidade, “High Beams” foi até à data ( mais de 2 anos volvidos ) o registo que, de acordo com os padrões do Atalho, mais se aproximou de “Mugstar” o álbum dos britânicos Mugstar, com o qual todas as tentativas de abordar o género deveriam necessariamente comparar.