Conhecer o passado significa melhor compreender o presente. A todos os que se interessam pelo fenómeno particular da música de matriz psicadélica, é aconselhável fazer visitas periódicas ao respectivo passado. Um investimento que, entre outras coisas, permite avaliar com maior rigor as propostas actuais, colocando-as em perspectiva.
No que concerne à primeira geração do psicadelismo inglês, têm sido muitas e variadas as abordagens ao tema. Em matéria de compilações, uma das que, sem perder o desejável equilíbrio, propõe um leque de nomes bastante abrangente sendo em simultâneo informativa quanto baste, dá pelo nome de “Real Life Permanent Dreams, A Cornucópia of British Psychedelia 1965-1970” e traz a assinatura de David Wells.
( Poster que assinala a criação da Apple Records, autoria The Fool, 1968 )
Novamente disponível, depois de em 2007 a edição original ter esgotado rapidamente, a compilação integra 99 títulos distribuídos por 4 CDs mais um colorido booklet de 50 páginas onde Wells introduz e situa, no tempo e no espaço, as bandas e os respectivos temas.
Pérolas do psicadelismo 60s interpretadas por Honeybus, Fleur de Lys, Hardin-York, Picadilly Line, Sam Gopal, West Coast Consortium, End, Icarus, Orange Bicycle, Velvett Fogg, Soft Machine ou Andwella’s Dream ( citando apenas alguns dos nomes menos obscuros ), apesar de num caso ou outro poderem soar algo datadas, permanecem na generalidade exemplos de criação artística, construções musicais em filigrana que ainda hoje teimam em impressionar todos os que sobre elas se debruçam.