Numa linha editorial próxima da que se conhece a revistas como Badaboom Gramophone ou Yeti, embora com maior atenção ao detalhe gráfico, Penny Ante é um dos mais recentes e silenciosos projectos da comunidade artística da Califórnia.
Dedicada à arte ( visual, musical, literária, cinematográfica … ) a Penny Ante nasceu em Los Angeles, é publicada uma vez por ano e assume-se como uma revista independente e sem publicidade paga.
Sem restrições editoriais, os convidados a participar em cada número abordam a expressão artística ( a sua ou a de terceiros ) da forma que entendem e com total liberdade. O ecletismo é total e a revista é naturalmente uma riquíssima montra da cena indie, actual e passada. Há de tudo e para todas as artes.
Na Penny Ante # 1 cabem prestações de ou sobre: Slumber Party, Germs, Josephine Foster, My Morning Jacket, Marissa Nadler, Residual Echoes ( cujo álbum “California” publicado em 2007 na Holly Mountain, deverá ser objecto de culto e peregrinação obrigatória ) e American Analog Set entre outros.
No volume #2 destaque para Moon Upstairs ( lá iremos a seu tempo ), Phil McMullen ( como é habitual num emotivo e instrutivo ensaio, desta vez sobre a banda galesa Man ), Bill Callahan, Clientele, Rebecca Hoffman, Sharron Kraus, Silver Apples …
No conjunto, cerca de 600 páginas – 300 por cada volume -, de muita informação e puro entretenimento.