Os Blues Breakers de John Mayall, os Yardbirds e os Fleetwood
Mac são, por esta ordem, as três grandes instituições do British Blues
eléctrico dos 60s. Sem eles o respectivo boom nunca teria existido, ou existido
tal como o conhecemos.
Não obstante, “Blister on the Moon”, o primeiro single do
irlandês Rory Gallagher para os Taste, publicado pela Major Minor em Abril de
1968, permanece um dos exemplos maiores do British Blues, período compreendido entre 1966
e 1971.
“Blister on
the moon” é de resto uma das estrelas da compilação “Crawling Up a Hill, A
Journey Through The British Blues Boom 1966 – 1971”.
Os interessados no tema encontram aqui o enquadramento
histórico, a informação e a atenção ao detalhe a que David Wells nos habituou. Os exemplos
são, como habitualmente, superlativos e as surpresas, isso mesmo, surpresas.
Os clássicos claro: John Mayall com Clapton, Yardbirds com
Page e Relf, Fleetwood Mac, Chicken Shack, Free, Jeff Beck com Rod Stewart,
Savoy Brown, Steamhammer, Status Quo …
Mas também pequenas delícias perdidas no tempo como Alexis
Korner com Robert Plant ( antes dos Zeppelin ), os Quiet Melon ( o embrião dos Faces
), os The Rats ( Mick Ronson pré-Bowie ) Ian A. Anderson com Al Jones; inéditos
de John Dummer Blues Band, Icarus , Christine Perfect Band, Angel Pavement ou
Red Dirt, entre outros.
Fica a chamada de atenção. Sendo que tudo o que mais se possa
dizer não fará jus ao artefacto.
Em jeito de bónus deixo a edição portuguesa de “Blister on The
Moon”. O disco foi importado de UK, a
capa fabricada em Portugal pela Arnaldo Trindade & Cª Lda..