Canadiana de Toronto, Elyse Weinberg, tal como muitos músicos seus compatriotas, emigrou no final dos 60s para Laurel Canyon. Frequentou o circulo de Neil Young e Cass Elliott, ganhou notoriedade e em 1969, aos 23 anos, publicou um promissor álbum de estreia.
Aclamado, “Elyse” entusiasmou a editora (
Tetragrammaton Records ) que levaria Weinberg de novo para estúdio, desta vez
acompanhada de Neil Young e de Nils Lofgren,
um talento acabado de sair da puberdade. Produzido por David Briggs o álbum foi
concluído, teve um número de catálogo atribuído e uma foto para a capa; não
seria no entanto publicado porque a editora
faliu entretanto.
Mais de quatro décadas volvidas “Greasepaint Smile” conhece
finalmente a divulgação que merecia. Trata-se naturalmente de um disco de época,
sendo pois necessário enquadrá-lo no ambiente que se vivia em Los Angeles e em
particular nas colinas de Laurel Canyon.
A este respeito, o tema “City of Angels” é exemplar, retratando
a forma como Elyse olhava à sua volta, em particular para a tribo de songwriters
seus pares. “What you call it” e “Houses” ( este acolhendo a intervenção da
famosa Gibson les Paul de Neil Young ) são tão luminosos quanto se pode
imaginar, enquanto “Collection Bureau” e a canção que dá o título ao disco,
fazem emergir a guitarra do prodígio Nils Lofgren.
Resumindo, um excelente exercício de hippie-folk-rock onde a
vertente psicadélica nunca está longe, como de resto seria expectável. Por fim
uma outra boa noticia: em 1971 Weinberg completou um outro álbum. Na altura a
Asylum optou por não o publicar. Haja fé portanto …