21/05/14

Sumie "S/t"



Quando escutei “Colour Green”, o álbum “perdido” de Sibylle Baier, recordei-me de “Desertshore” de Nico e de “Parallelograms” de Linda Perhacs. A audição do álbum homónimo de Sumie levou-me até Sibylle Baier, tão só.

Sumie Nagano tem naturalidade sueca mas ascendência japonesa. O carácter simples e intimista da maioria das suas canções tem porventura algo a ver com isso. A atmosfera é serena, austera, as melodias enfeitadas por processos despidos de toda e qualquer sofisticação.

Menos é habitualmente mais, uma regra que os pianistas Nils Frahm ( que cedeu o estúdio ) e Dustin O’Halloran ( que tocou e produziu ) têm por hábito observar nos seus próprios trabalhos. Transpô-la para os esboços de Sumie foi tudo menos difícil. Uma singela e silenciosa beleza emerge naturalmente destas canções ( ainda ) em construção. O tempo dirá se de uma beleza perene ou olvidável.