16/04/13

Flowers Must Die "S/t"


 
Chamam-se Flowers Must Die ( um título retirado aos Ash Ra Tempel de “Schwingungen” , 1972 ) chegam da Suécia, gravam quando têm material que o justifique e publicam cuidadas edições limitadas em formato vinil.
Flowers Must die é o terceiro registo do quinteto de Malmo e foi gravado algures entre 2008 e 2012. Um duplo álbum onde o som e a matriz space-kraut-jam-fuzz-rock são instrumentais para atingir o resultado final.

O lado A, incluindo o metronómico “Jamfota” e a space jam “Ennio”, funciona como uma espécie de aquecimento dos motores para o que vem a seguir. Já em alta rotação, o lado B, através dos abrasivos “Spindlarnas Trad” e “Koket Brinner”, tanto sugere o presente californiano de Residual Echoes como o passado nipónico  de Flower Travelling Band ou Speed Glue & Shinki. “Okenvandring” faz ou deverá fazer as delicias dos kraut fãs. Soa germânico até às entranhas, espraia-se por memórias várias, terrenos monolíticos e levita em torno das inesgotáveis guitarras de Jonas Hoglund e Sven Walan. Qualquer coisa enorme, inusitada e absolutamente incontornável.
Depois disto, o lado D teria sempre vida difícil, mas bate-se com galhardia, com um “Blagylta”, que parte de Hamburgo e aterra em São Francisco com passagem por Rabat, e um “Mot and Ra Vaggen” que coloca de novo os Hawkwind no olho do furacão, local de onde parece nunca terem saído.

E a edição foi apenas de 500 exemplares …