A ligação afectiva e efectiva ao escritor e guru da contracultura Richard Brautigan também ajudou e hoje, quando à tranquila distância de 40 anos, se olha para o psicadelismo californiano não há como ignorar as páginas escritas em São Francisco pelos Mad River.
O Atalho não irá debruçar-se excessivamente sobre a história da banda . A chamada de atenção tem sido feita amiúde e por gente muito mais qualificada. Os discos existem e estão reeditados. E com a multiplicidade das actuais opções tecnológicas podem ser escutados sem qualquer dificuldade.
Este texto pretende apenas noticiar e primeira edição legal de 5 temas míticos gravados algures em 1967 e que apenas haviam circulado através de artefactos piratas com maior ou menor relevância áudio. Quanto ao package, diria: já não se usa. A front-cover, respeitando o artwork da época ( os autores são John Hurford e Jonathan Hill ), acolhe um fabuloso booklet de 36 páginas a cores, com dezenas de fotos inéditas, e onde, após uma introdução de Phil McMullen, David Biasotti contando com a colaboração dos ex-membros do grupo, enquadra e relata TODO o legado dos Mad River.
Sob a forma de um 33 rotações, o EP inclui no lado A “Jersey Sloo”, um clássico do “Bay Area Sound” , com as duas guitarras ora soltas ora entrelaçadas no mais puro estilo Quicksilver. Pena que o tema dure pouco mais de 2 minutos. O flipside integra as restantes 4 canções ( registadas nas chamadas Dayton Sessions ) e ainda que nenhum atinja a dimensão/concisão estilística de “Jersey Sloo”, acrescentam história à já enorme história dos Mad River.
) quanto antes, pois a edição é limitada e também por essa razão potencialmente coleccionável.