A história deste disco conta-se em meia dúzia de linhas:
“Most copies were reputedly destroyed by distributor, Transatlantic Records with only 101 copies surviving. The album was recorded between 1971 and 1973 with Keshav Sathe and Clem Alford from Magic Carpet, and Ed Deane from The Woods Band. Also included are Brian Dunning and The Kings of Rhythm. Although having a publication date of 1973, the release was delayed by what a January 1974 press release described thus, ‘the Chris Thompson LP which Village Thing advertised as a November release has yet to reach the shops due to advanced bungling at the pressing stage. Having got through that, it is now of course affected by 3-Day working, vinyl shortage etc and thus may be at least another month or two delayed.”
( Mark Jones em “Great British Record Labels: Volume 2, The Saydisc and Village Thing Discography”)
Chris Thompson, natural de Hamilton na Nova Zelândia, chegou à Europa enquanto membro da banda de Julie Felix. Irlanda, Londres, Belgica, sul de França ( Festival de Avignon ) foram locais de passagem onde tocou e socializou com Dave Graham, Bert Jansch, Wizz Jones, John Renbourn, Ian Anderson e Derroll Adams entre outros. Natural que tenha escrito as suas próprias canções. Natural também que as tenha gravado. O que já não foi nada natural foi o que, de acordo com a lenda ( mais ou menos suportada em provas verbais ), se passou com a prensagem do álbum “Chris Thompson”. Dos 1000 exemplares fabricados, apenas 101 foram colocados nas lojas. Os restantes, “terão” sido despejados num canal junto com paletes de entulho…
Como é fácil de imaginar as cópias ainda em circulação mudam hoje de mãos por preços estratosféricos. A mais recente emergiu no passado Setembro: uma “lovely copy” ( eufemismo muito próprio do meio para caracterizar um disco bastante usado ) foi transaccionada por 198 Libras.
Como é fácil de imaginar as cópias ainda em circulação mudam hoje de mãos por preços estratosféricos. A mais recente emergiu no passado Setembro: uma “lovely copy” ( eufemismo muito próprio do meio para caracterizar um disco bastante usado ) foi transaccionada por 198 Libras.
Apesar de curto, apenas 8 temas, “Chris Thompson” configura um magnífico álbum. Escutado, finalmente, deixa perceber a relação com Dave Graham e os dois mentores dos Pentangle. O finger-picking é soberbo, as canções elegantes e a voz contida mas calorosa. Um perfeito disco de folk-rock, aqui e ali matizado pelo psicadelismo da época, cortesia da sitar de Clem Alford e tablas de Keshav Sathe ( ambos Magic Carpet ).
“The Song of Wandering Aengus”, melodia sobre um poema de W.B. Yeats e “River Song” , um original de Thompson inspirado na “The Waste Land” de T. S. Eliot, são dois pilares incontornáveis de uma obra que recebeu finalmente a reedição merecida.
Para além dos 8 temas originais, são acrescentados mais 6 outtakes e um segundo cd que inclui canções gravadas e publicadas por Chris Thompson nos últimos 20 anos. A juntar ao festim, um booklet, com detalhes sobre as canções e um texto assinado, sensitivamente, pelo próprio.
Melhor era quase impossível.
“The Song of Wandering Aengus”, melodia sobre um poema de W.B. Yeats e “River Song” , um original de Thompson inspirado na “The Waste Land” de T. S. Eliot, são dois pilares incontornáveis de uma obra que recebeu finalmente a reedição merecida.
Para além dos 8 temas originais, são acrescentados mais 6 outtakes e um segundo cd que inclui canções gravadas e publicadas por Chris Thompson nos últimos 20 anos. A juntar ao festim, um booklet, com detalhes sobre as canções e um texto assinado, sensitivamente, pelo próprio.
Melhor era quase impossível.