20/05/11

Artefactos ( 18 )



Os discos dos Pearls Before Swine, com particular destaque para “One nation underground” ( 1967 ) e “Balaklava” ( 1968 ), constituem peças de um delicado psicadelismo que não encontra paralelo na história, antes ou depois da respectiva publicação. Com a paciência de um artífice, entre o folk-rock, a música de câmara, o psicadélico e o canto gregoriano, Tom Rapp construiu uma obra sem tempo a qual posicionou nas margens do mainstream e que desde então aí tem permanecido.


Aqui e ali recuperada, sempre com muita parcimónia, por artistas como Bevis Frond, Damon & Naomi , Flying Saucer Attack ou Ghost, olimpicamente ignorada por aqueles que mais naturalmente poderiam ser os herdeiros – a tribo do “weird – free – folk“ –, a música de Tom Rapp é verdadeiramente especial, tanto quanto especial o foram as criações de Nick Drake ou Scott Walker por exemplo.




Nada, rigorosamente nada, substitui a audição integral dos álbuns originais dos Pearls Before Swine e, mais tarde, de Tom Rapp a solo. Não obstante o Atalho sugere três edições distintas que, embora esgotadas, são ainda razoavelmente fáceis de encontrar e a um preço justo.


For the dead in space Vol I” ( Magic Eyes Singles MES 012, 1997 ) é uma compilação de temas de Rapp revisitados por nomes como Fit & Limo, Masaki Batoh, Tower Recordings, Alchemysts e Damon & Naomi, entre outros.


Constructive Melancholy” ( BirdMan BRM 021, 1998 ) reúne algumas das canções que Tom Rapp entendeu melhor representarem o seu “songbook”.


Por fim, “A journal of the plague year” ( Woronzow WOO 35, 1999 ) documenta o regresso do autor aos estúdios, quase 30 anos depois.

Happy hunting.