Li Kerouac em inúmeras situações e de diferentes formas.
Li, simplesmente. Li, ao mesmo tempo que as sonoridades de “Born to run” e “Darkness on the edge of town” pairavam sobre a narrativa incansável. Li, quando me encontrava refém das histórias de sombras e sobrevivência que brotam de “Nighthawks at the Diner”, “Small change” ou “Blue Valentine”.
Depois disso, apesar do Bruce Springsteen da década de 70 estar próximo dos heróis de “On the road” e “Dharma bums”, não me foi mais possível dissociar Neal Cassady e Ray Smith das personagens inquietas, espiritualmente nómadas, que Tom Waits foi inventando ( ou reproduzindo).
("The piano has been drinking")
Através de “Lowside of the road, a life of Tom Waits”, Barney Hoskyns, contador de muitas histórias, dá mais um forte contributo para ajudar a explicar como funciona esse mundo maravilhoso, onde a penumbra dos deserdados vive paredes meias com a esperança dos que teimam em não desistir.