Dividido entre Gales, de onde é natural, Londres e Los Angeles ( Laurel Canyon ), Simon Leighfield, o compositor que se esconde atrás da designação The Ash & The Oak, inventou um dos discos mais subliminares que o Atalho escutou em 2008: “The Ash & The Oak”.
O “songwriting” é notável. As vozes e os arranjos instrumentais, espartanos nos meios utilizados mas luminosos nos resultados, fazem jus às indisfarçáveis influências de Leighfield.
Logo a abrir o Cd, a guitarra de “Inside out” quase sugere uma “outtake” de “All things must pass”. Interessante e competente, mas nada representativo do que está para vir.
A partir daí, com “Until”, “Blossom”, “Under the coloured lights” ou “You saw the stars”, Simon Leighfield através do modo como constrói, preenchendo os espaços, e sobretudo do fantástico “finger picking”, revisita os momentos mágicos de John Martyn e John Renbourn; enquanto do lado das melodias e coloridos arranjos vocais, regressa a Laurel Canyon, a Neil Young, Graham Nash ou Jackson Browne.
Uma última nota! Não se espantem se não ouvirem falar deste disco. É demasiado inspirado e pungente para os ouvidos “mainstream”.