Depois de terem publicado em 2005 um álbum folk-rock num registo Fairport Convention segunda geração ( período 1975 ), os Eighteenth Day of May, grupo interessante embora não particularmente memorável, implodiram. Do caos resultante nasceram duas bandas: The Left Outsides e The See See.
Os últimos, reunidos em redor de Richard Olson, seguem o trilho da anterior banda movimentando-se nas margens do mainstream. A novidade é constituída por umas pitadas de Byrds que enriquecem o conjunto ( é pelo menos o que se pode deduzir a partir do single “Up the hill” ).
Alison Cotton e Mark Nicholas, os Left Outsides, optaram por mergulhar na tradição do folk inglês e do psicadelismo americano para dali emergirem com um conjunto de canções que revisitam os universos dos Forest, Trees ou Red Chair Fadeaway, mas que também se deixam magnetizar pelas sonoridades dos Mazzy Star e respectivos antepassados directos: Opal e Clay Allison.
Depois de um par de EPs de arranque, o álbum “And colours in between” conheceu uma primeira edição privada na primavera de 2007 ( foi recentemente reeditado e objecto de maior distribuição). Desde então o rumor não tem parado de crescer.
Percorrido por paisagens pastorais, onde a viola de Alison Cotton acrescenta nostalgia ( a peça de folk de câmara “The other side” é nessa matéria particularmente expressiva ), “And the colours in between” estabelece a ponte entre Oxford e São Francisco, ligando a conhecida tradição folk da primeira aos sons hipnóticos do psicadelismo e do folk-rock californiano. “Now it’s over” versão de uma canção dos obscuros Living Children, é um dos exemplos.
Pintado por cores simples e povoado de imagens honestas, “And colours in between” é claramente um ponto de partida. Existe matéria prima para que a viagem e o local de chegada se tornem inesquecíveis. A ver vamos quando lá chegarmos.