“Acoustic Music that derives from Folk and Blues with a
touch of Psychedelia” ( Amber )
Mac MacLeod, o “Hurdy Gurdy Man” como Donovan Leitch o apelidou e cantou em 1968, alimentou a cena folk de St. Albans ( Hertfordshire, UK ) no decorrer da primeira metade dos 60s, acompanhando para além de Donovan, os também emergentes Maddy Prior, Mick Softley, John Renbourn e Julian McAllister, entre outros.
O inesperado sucesso escandinavo do single “Remember the
Alamo” levou-o até Copenhaga em finais de 66. Ali, entre outras actividades, colaborou
com os The Other Side de Jack Downing ( um
talentoso expatriado dos Estados Unidos
) e, ainda na génese, integrou a banda local Hurdy Gurdy.
No final da década MacLeod regressaria ou Reino Unido. E Donovan,
de novo, voltou a ser instrumental no seu percurso, integrando-o na sua banda de
apoio, ainda que temporariamente.
No entretanto, reencontra Julian McAllister, compulsivamente regressado
de terras marroquinas e turcas onde, particularmente nas últimas, a passagem e
sobretudo a estadia não terão sido pelos locais mais agradáveis.
Formam um duo folk acústico a que dão o nome de Amber. Ensaiam
entre filmes no Electric Cinema em Portobello Road. Actuam no Roundhouse.
O que se pode escutar em “Pearls of Amber” são exactamente os
títulos que Relf produziu, mais três composições que o duo gravou com a
participação de Ray Cooper nas tablas.
1971 foi provavelmente já demasiado tarde para um álbum de
folk acústico adornado por cítaras e tablas ( os próprios Tyrannosaurus Rex já
se haviam metamorfoseado em T. Rex e integrado o gangue do glam rock ). Porém, depois de se escutarem estas canções e acima de tudo estes arranjos, fica a
sensação / convicção que algo de muito bom se perdeu no inicio daquele ano de
1971.
Nota: a (re)edição da Shagrat optou pelo formato de 10
polegadas; a qualidade aúdio é cuidada e o trabalho gráfico vai para além do
excelente.