“1971
was the most febrile and
creative time in the entire history of popular music”
https://www.theguardian.com/books/2016/may/12/1971-never-a-dull-moment-rocks-golden-year-david-hepworth-review ( David Hepworth, autor e crítico musical )
É público o apreço que o Atalho nutre pelo ano de 1971.
Nesta como noutras matérias directamente ligadas à memória,
tudo ou quase tudo tem origem em experiências individuais e pela forma como
numa época determinada, muito particular
geralmente, se percorrem os primeiros atalhos da vida ou se vivencia a cultura.
“Peephole in my brain, The British Progressive Pop Sounds of
1971” é uma tentativa honesta e esforçada de colocar legendas no assunto.
71 temas, 8 dos quais inéditos, procurando explicar a razão
por que são muitos os que acompanham o Atalho nesta convicção.
Procurando, porque o resultado não se afigura totalmente satisfatório.
Nada de novo aqui; no que respeita a compilações, é consabido não ser nunca possível
agradar a gregos e troianos.
Detalhando: há Kevin Ayers mas não Caravan; Shape Of The Rain
mas não Gentle Giant; Michael Chapman mas não Roy Harper; Deep Feeling mas não
Traffic; Cressida mas não King Crimson; Curved Air mas não Van Der Graaf
Generator; Second Hand mas não Yes ou mesmo Genesis …
Atentos a dificuldade de licenciamento de muitas gravações e
ao facto de por vezes se procurar fugir ao óbvio. Porém nenhum retrato de 1971
fica perfeito sem alguns dos nomes atrás mencionados, já para não referir Jethro
Tull, Ian Matthews, Comus, Led Zeppelin, Rod Stewart, Sandy Denny, Mike
Harrison, Paul Jones, Shirley Collins, Albion Country Band ou Elton John ...
mas isso são outros quinhentos.
As notas que acompanham os 71 títulos presentes são, como é
habitual em David Wells, um primor.