Alvo de apressadas comparações com Pentangle e Fairport
Convention, os The Lords of Thyme acabam de reeditar em vinil o seu
primeiro álbum “Pellets” datado de 2016.
Colocando de lado a injustiça das similitudes ( porque coloca
a fasquia num nível que complica mais do que facilita ) é verdade que existe na
música deste quarteto inglês alguma magia; mas, por ora tão só, porque talento puro
é outra coisa.
Oriundos dos esotéricos Circulus,
Joe Woolley, Tali Trow e Pat Kenneally, recrutaram a vocalista Michelle Woolley
e partiram em busca de uma linguagem musical que, dentro do padrão folk-rock, deixe
de lado o paganismo e proporcione maior consenso.
A abrir, o tradicional “Bruton Town” está lá com esse fito,
porém pouco ou nada acrescenta à maioria das versões conhecidas. A natureza
serena de “George Collins” poderá ser uma das razões porque a banda foi
convidada a integrar o projecto “Shirley Collins Inspired”. “The bird
it sang” mantém a sequência mas, a partir deste, o rumo perde-se e o “song
writing” tem dificuldade em acompanhar o
propósito inicial. “Coming down” por exemplo poderá até ser um bom tema mas o
recurso ao órgão Hammond e à pedal steel guitar transforma-o num corpo
estranho.
Após a necessária reflexão, aguardam-se os próximos
capítulos.