O Atalho já se ocupou de Steve Gunn, Chris Forsyth, William
Tyler, Jake Fussell e Ryley Walker. Faltava referir Daniel Bachman para que a galeria dos artesãos da nova guitarra
tradicional americana ficasse minimamente composta.
Tal como os nomes mencionados, Bachman é um predestinado que
expressa o seu talento ( apenas ) através da guitarra acústica/slide. E, nesse
particular, revela-se um discípulo fervoroso das fases iniciais de John Fahey,
Peter Walker ou Leo Kottke. Sendo o primeiro uma influência incontornável, a
fogosidade do jovem Bachman aproxima-o e muito do período “tuning” de Kottke,
quando as notas que brotavam das cordas da sua guitarra eram em número superior
ao que o ouvinte tinha capacidade para absorver.
Claro que pelo meio houve Jack Rose, mas Kottke e Fahey
ficaram. “River” é por agora, o corolário de um processo criativo que se
revela tão excitante quanto impressivo.
A técnica instrumental é soberba e a qualidade de captação aúdio
irrepreensível. Quanto aos temas, sete, só escutados. De preferência ao
entardecer, em boa companhia e com uma bebida por perto.