A meio caminho entre a tradição e a inovação, “Cantos de Lisboa” é o resultado da colaboração lisboeta entre dois artesãos da guitarra. Um, reputadíssimo ( Mike Cooper ), outro ( Steve Gunn ) a caminho de o ser.
Três ou quatro gerações separam Mike Cooper do novo prodígio americano, não obstante “Cantos de Lisboa” é uno na diversidade e sendo como é uma espécie de aguarela suscitada pelas cores, luz e cheiros de Lisboa, não se coíbe de fazer a ponte entre o passado do blues acústico ( “Pony Blues” ) e a iconoclastia/improvisação underground ( “Song for Charlie” ).
Pelo caminho ficam entretanto belos quadros impressionistas inspirados por Lisboa e pelas suas sete colinas. Interessante.