29/12/12

The Linus Pauling Quartet "Bag of Hammers"


13th Floor Elevators, Cold Sun, Lost & Found, Dunlavy, Red Crayola, Charalambides, Bubble Puppy, Euphoria, Golden Dawn, The Mike Gunn, Project Grimm … o Texas, com maior ou menor intermitência, tem sido berço de um conjunto de bandas tão indispensáveis quanto idiossincráticas.
Nascido a meio da década de 90, The Linus Pauling Quartet é um dos projectos mais consistentes que Houston deu à luz. Ao longo de mais de 15 anos, a banda de Clinton Heider e Charlie Horshack percorreu a via sacra dos circuitos alternativos ao mesmo tempo que arregimentava  um grupo fiéis, tão heterogéneo quanto as diversas linguagens musicais da banda ( psychedelic , stoner, heavy, garage rock ) o propiciam.

Por outras palavras: não existe um paradigma Linus Pauling Quartet. Existem vários. Todos eles excelentes e apelativos. E, muito embora a vertente psicadélica seja a que mais interessa  ( “All things are light” de 1997 é  obrigatório ), não é possível ignorar a devastação positiva que os riffs de Heider e Horshack vão provocando à medida que avançam,  canção a canção, álbum a álbum.


Após um jejum editorial de quase 5 anos no que a material novo diz respeito, o LP4 recém publicou “Bag of Hammers”. Para acabar com o resto, quase apetece dizer. Ancorado na matriz do chamado Texas Psych, mas divergindo nada subtilmente para o heavy e o stoner rock, este oitavo registo de originais não deixa atrás de si pedra sobre pedra. A pirotecnia é avassaladora, os riffs não se coíbem de tudo queimar em seu redor e a secção rítmica é bem capaz de ficar frequentemente com as mãos em sangue para não perder a  melhor parte do fogo de artificio. Abrindo com 4 temas explosivos ( “She did not know”   é o lança-chamas de serviço ), “Bag of Hammers” serena um pouco com “Rust” e com o zeppeliniano “Saving Throw”, mas à medida que caminha para o fim, a atmosfera  volta a ficar pesada mercê dos tonitruantes “Homonculus”  e “Stonebringer”.
Existem vários LP4 como referi. O de “Bag of Hammers” não será exactamente o meu, mas tal não impede o Atalho de reconhecer que se trata de um álbum tremendo.