31/10/12

"Electric Eden, Unearthing Britain's Visionary Music"


Em 2010, o crítico e ensaísta Rob Young publicou “Electric Eden, Unearthing Britain’s Visionary Music”, um belíssimo livro onde a investigação e a opinião caminham em quase perfeita sintonia.
As raízes da música folclórica britânica, o exemplo dos investigadores que recolheram e preservaram tradições orais, os trovadores pioneiros que lhes deram forma desde os anos 50 do século XX, os músicos que corporizaram a chamada “folk revival” dos 60s, a componente esotérica e pagã e os respectivos palcos de celebração colectiva ( Glastonbury e Stonehenge ), até o pop mais visionário ( Kate Bush, Julian Cope, Talk Talk ); tudo ou quase tudo foi abordado e poucas pedras terão ficado por virar. 

Dois anos volvidos, os ecos do livro ainda se fazem sentir. Natural portanto a edição de  uma vertente áudio e, “Electric Eden, Unearthing Britain’s Visionary Music” , um duplo cd aí está, para gaudio dos que leram o livro e uma espécie de “hors d’oeuvres” para os que o irão fazer. (“Welcome to Electric Eden – a secret garden deep within Albion’s musical landscape, nourished by nostalgia for a bygone golden age, and fulled by a progressive spirit of change for the future”).
São 36 temas, cirurgicamente escolhidos e que espelham na perfeição a paisagem do folk-rock britânico entre 67 e 73, período em que atingiu o respectivo zénite criativo. De acordo com os gostos e preferências individuais, existirão sempre omissões. Mas o que “Acoustic Eden” (CD1) e “Electric Albion” (CD2) incluem, é tão só o “crème de la crème” de uma expressão musical absolutamente fundamental e perene.