11/05/12

Psycholândia 1


Junho vai ser um magnífico mês na “Psycholândia”.

A Fruits de Mer Records ( http://www.fruitsdemerrecords.com/index.html ) vai publicar de uma assentada 4 singles, que muito rapidamente se tornarão peças de colecção, tal como sucedeu com todas as suas anteriores edições de carácter limitado. Do menu constam , a saber:

Hilly Fields (1892)”. 30 anos após a edição original, o autor, Nick Nicely revisita aquele que em 1982 o New Musical Express referiu como “…The best psych single since the 60s …”.  A versão beneficia naturalmente dos avanços tecnológicos, mas mantém o formato pop psych sixtie experimentado pelas bandas britânicas que no período se posicionavam a jusante dos Beatles. O lado B é um rearranjo do tema com roupagens  contemporâneas, a melodia presente, mais lenta, guitarra acústica, teclas puxadas à frente e voz em loop. Um tema que irá integrar o anunciado novo álbum de Nick Nicely: “Lysergia”.

Hits me like I’m stoned” por The Lucid Dream, um quarteto originário de Carlisle/Cumbria, já com alguns singles no activo e que, torna-se mais do que evidente com a audição de “Hits me like I’m stoned” , alimenta um culto litúrgico por bandas como os Suicide, Spacemen 3, Primal Scream e/ou Jesus & The Mary Chain. O  flipside “Try a little sunshine” é uma versão do original dos Factory datado de 1969. Como o Atalho nunca escutou o original ( o single é tão raro que quando surge à superfície, rapidamente muda de mãos por valores estratosféricos ), apenas direi que a recuperação soa como um “psychedelic nugget”, hipnótico, colorido e  caleidoscópico o suficiente para se tornar uma boa alternativa ao original.

A visit to Newport Hospital” pelos Cranium Pie configura uma vertente mais sofisticada do psicadelismo e apela directamente aos amantes do progressivo ( o tema é um original dos Egg para o álbum “The Polite Force” ). O lado B “Queen St. Gang” alinha por semelhante diapasão e surge como uma recuperação dos Arzachel para o sua edição homónima de 1969.

De regresso à terra, um testemunho dos Pretty Things ao vivo em Dezembro de 2010 no The 100 Club: o clássico “Honey, I Need”. 2m e 17s de puro R’n’B mid-sixties em excelente estado de conservação.  I can never say” datado de 1965, recentemente descoberto num velho acetato nunca publicado, completa o single mais curto do lote, mas porventura aquele que mais furor vai fazer no mercados primário e secundário dos coleccionadores  daquela que é simultaneamente uma das mais antigas e míticas bandas inglesas em actividade.
Todas as edições serão limitadas a 800 exemplares, com excepção dos Pretty Things,   1200. Se o tema vos interessar, sabem o que têm de fazer.