Coincidência curiosa. Na mesma semana em que mergulhei no novo Feelies e aguardo com expectativa os mais recentes sons de Damon & Naomi, aterrou na caixa do correio do Atalho o primeiro EP a solo de Karen Zanes.
Salvaguardando as distâncias que a história e os curriculuns prudentemente aconselham, neste registo da até agora membro dos The Freeways e Second Day Venom, encontram-se ecos da matriz das duas bandas referidas no parágrafo anterior, tal como transparecem evidentes cumplicidades com Opal e, sobretudo, Mazzy Star.
Salvaguardando as distâncias que a história e os curriculuns prudentemente aconselham, neste registo da até agora membro dos The Freeways e Second Day Venom, encontram-se ecos da matriz das duas bandas referidas no parágrafo anterior, tal como transparecem evidentes cumplicidades com Opal e, sobretudo, Mazzy Star.
"Radio Flyer" incluindo 5 temas originais, um pequeno instrumental e uma versão de "Mystery Train" popularizado por Presley, é uma pequena preciosidade por lapidar.
A atmosfera é lo-fi. A sonoridade, silenciosa, convida à serenidade do alpendre num qualquer fim de tarde primaveril. As guitarras ( acústicas e eléctricas ) decoram a voz que, tal como a de Hope Sandoval, sussurra mais do que canta. E a narrativa, intima e sensorial, vai colorindo a paleta musical através de nuances que remontam aos Feelies de "The Good Earth" e aos referidos Mazzy Star ou Damon & Naomi despidos da componente psicadélica; isto é: sem as guitarras de David Roback no primeiro caso e de Michio Kurihara no segundo.
As canções que fazem "Radio Flyer" são saborosas o suficiente para poderem ser aconselhadas sem reservas, embora não a toda a gente e certamente não indicadas para todas as ocasiões. Funcionam francamente melhor em atmosfera recatada e de introspecção, espaço onde se percebe melhor a sua dimensão e potencial de crescimento.
A atmosfera é lo-fi. A sonoridade, silenciosa, convida à serenidade do alpendre num qualquer fim de tarde primaveril. As guitarras ( acústicas e eléctricas ) decoram a voz que, tal como a de Hope Sandoval, sussurra mais do que canta. E a narrativa, intima e sensorial, vai colorindo a paleta musical através de nuances que remontam aos Feelies de "The Good Earth" e aos referidos Mazzy Star ou Damon & Naomi despidos da componente psicadélica; isto é: sem as guitarras de David Roback no primeiro caso e de Michio Kurihara no segundo.
As canções que fazem "Radio Flyer" são saborosas o suficiente para poderem ser aconselhadas sem reservas, embora não a toda a gente e certamente não indicadas para todas as ocasiões. Funcionam francamente melhor em atmosfera recatada e de introspecção, espaço onde se percebe melhor a sua dimensão e potencial de crescimento.
