28/09/10

Artefactos ( 6 )


Em 1972, a propósito da publicação do primeiro disco oficial de Roy Buchanan para a Polydor, a Rolling Stone chamou-lhe “the Greatest unknown guitarist in the world” ( para se perceber melhor a hipérbole convém escutar o trabalho da guitarra em “the Messiah will come again” no álbum “Roy Buchanan” ) e a carreira deste predestinado natural do Arkansas ganhou um novo fôlego.

No ano anterior, de forma quase anónima, Buchanan publicara uma edição privada a que chamou “Buch and The SnakeStretchers”. O álbum saiu com o selo da BIOYA ( consta que numa edição limitada de 500 exemplares ), possui um qualidade áudio apenas mediana, uma versão interessante de “Down by the river” e, entre outros temas, demos de “Sweet dreams”, “I am a lonesome fugitive” e “The Messiah will come again”.

Porém o que tornou a edição conhecida e procurada pelos coleccionadores foi o invólucro: uma capa simples de cartão branco envolta num sugestivo saco de serapilheira, onde o nome do músico e título do disco surgem impressos a tinta, vermelha e preta. Um artefacto curioso ainda que do ponto de vista musical não absolutamente essencial.