“I just want to sing for people. You might say it’s mass
love. It’s not the money. I don’t know what to do with money”
Cantora, compositora, experimentalista, pintora, activista …
, Norma Tanega, natural de Vallejo / San Francisco, é ( foi ) um produto do seu
tempo, ainda que por opção, tenha vivido
permanentemente fora dele.
Tornada conhecida através do tema “Walkin My Cat Named Dog” (impossibilitada
de ter um cão, adoptou um gato a que chamou “Dog”), entre o surpreso e o
contrafeito gravou um trio de singles para a New Voice Records de Bob Crewe.
Uma coisa leva a outra e em 1966 é publicado um primeiro álbum, justamente chamado
“Walkin’ My Cat Named Dog” com o objectivo de capitalizar o impacto do single,
sendo que no rescaldo de “Eve of Destruction”, o caminho já tinha sido
desbravado com uma versão de Barry McGuire.
Um álbum do seu tempo reforço, mas repleto de idiossincrasias e, mais importante, fiel depositário de excelentes textos a algumas boas canções. Musicalmente é tão frugal quanto diversificado; remete para a simplicidade embrionária de Joan Baez ou Tom Rush, mas simultaneamente prenuncia Margo Guryan ou Phil Ochs.
Todo o modo, e tendo perfeita consciência que se trata de um
trabalho datado, “Walkin’ My Cat Named Dog” é um álbum que se redescobre com muito
agrado. A recente reedição inclui “Bread” e “Run, on the run”, dois temas oriundos
dos singles e que não fizeram parte do alinhamento original do álbum.
Em 1971, já em Londres, Norma gravaria “I don’t think it will hurt if you smile”, um álbum publicado apenas no Reino Unido e Nova Zelândia e do qual se aguarda com expectativa uma possível reedição.