20/11/24

Lost Nuggets ( 190 )


Galaxie 500 "On Fire" ( Rough Trade ) USA/UK, 1989

- "Blue Thunder"
- "Tell Me"
- "Snowstorm"
- "Strange"
- "When will you come home"
- "Decomposing trees"
- "Another day"
- "Leave the Planet"
- "Plastic bird"
- "Isn't it a pity" ( George Harrison ) 

Galaxie 500: Dean Wareham ( canções, voz e guitarra ), Damon Krukowski ( canções, bateria e percussão ) e Naomi Yang ( canções, voz e baixo ) com Ralph Carney ( sax tenor ) e Kramer ( coros e orgão em "Isn't it a pity" ).

Produção e notas na contracapa de Karmer.

Gravação: Noise New York Studio.


Sounds, 28 Outubro 1989




Blitz, 26 Dezembro 1989 

15/11/24

Crosby, Stills, Nash & Young "Live at Fillmore East, 1969"

 


What we lacked in finesse we made up for in enthusiasm. The better arrangements were still to come. A band on the run. Expecting to fly.” ( Stephen Stills, no booklet da edição )


Stills acertou na mouche. Revisão da matéria dada. Pouco a acrescentar e nada a retirar.

Live at Fillmore East, 1969” ( 20 de Setembro para sermos precisos ) é uma curiosidade histórica, apenas.

As prestações acústicas estão próximas das que já conhecíamos de “Four Way Street”, captadas em Junho e Julho do ano seguinte.

O alinhamento eléctrico é algo mais entusiasmante. Sendo que para tal concorrem os  extensos 16m19s que dura “Down by the river”, com Stills, Crosby, Greg Reeves e Dallas Taylor a ocuparem muito bem o espaço dos Crazy Horse em “Everybody knows this is nowhere”, bem como o hoje relativamente esquecido “Sea of Madness”, não obstante ter feito parte da banda sonora de “Woodstock” e integrado o Volume I dos Neil Young Archives.

No mais trata-se “do mercado a funcionar”.

13/11/24

Lost Nuggets ( 189 )


Eclection "S/t" ( Elektra EKL/EKS 74023 ) USA/UK, 1968

- "In her mind"
- "Nevertheless" ( Rosen )
- "Violet dew"
- "Will tomorrow be the same"
- "Still i can see"
- "In the early days"
- "Another time, another place"
- "Morning of yesterday"
- "Betty Brown"
- "St. George and the Dragon (Up the Knight)" ( Rosen )
- "Confusion" ( Rosen )

Eclection: Kerrilee Male ( voz ), Michael Rosen ( canções, voz, guitarra acústica, eléctrica e trompete ), Georg Hultgreen ( canções - excepto as indicadas -, voz, guitarras acústica e eléctrica ), Trevor Lucas ( voz e baixo ), Gerry Conway ( bateria e coros ).

Produção de Ossie Byrne
Orquestração e arranjos de Phil Dennys
Foto da capa de Joel Brodsky
Foto interior e design de William S. Harvey



Etiquetas USA e UK ( versões stereo )



Revista ZIGZAG nº 7, Novembro 1969




EP, Edição Portugal


EP Promocional, Edição Portugal

30/10/24

KEITH NOBLE "Mr. Compromise"

Mr Compromise” corporiza um paradoxo. Está longe de ser um álbum capital para a maioria dos que dele têm conhecimento e, no entanto, é-o para a legião dos Pink Floyd irredutíveis. 

Explicando: no início dos anos 60 Keith Noble esteve na origem dos Meggadeaths, uma banda obscura na qual militavam também a irmã Shelagh, Clive Metcalfe, Vernon Thompson, Nick Mason e Richard Wright. 

Os Meggadeaths deram origem aos Sigma 6 e estes, por seu turno, aos Abdabs. Por esta altura um jovem estudante de arquitectura de nome Roger Waters passa a integrar o projecto. A partir daqui, o caminho sonoro em direcção aos Pink Floyd estava descoberto. 


Detentor de um novo estatuto, o de baixa colateral, Keith Noble dedica-se à composição. Em parceria com Clive Metcalfe escreve “A summer song”, um tema que em Outubro de 1964 catapultou o duo Chad & Jeremy para o top da Billboard. 

No entretanto vai compondo e gravando. No final de 1970 publica o resultado dessas actividades, “Mr. Compromise”. A edição foi privada, materializada num insignificante número de cópias oferecidas a amigos e membros da família. Um mito/lenda acabara de nascer no seio dos fãs dos Floyd.
 

Mr. Compromise” merecerá a fama que o precede? Sim, não ou ainda talvez. Rigorosamente nada a ver com Pink Floyd ( qualquer que seja o ângulo ou a época que se aborde ), os 10 temas que compõem o álbum, porventura por terem sido compostos e gravados em diferentes épocas, carecem de uniformidade.

O lado A, exceptuando o tema título, fica muito aquém das expectativas, e as hipotéticas comparações com Al Stewart ou Roy Harper são manifestamente exageradas.

O lado B é por seu turno, francamente interessante. “Dandelions have their day”, “Weather”, “King of Iceman” e “Ashes and Silver” são das melhores filigranas, aqui e ali experimentais, que o psych-folk britânico da época foi capaz de produzir. E, estes sim, são temas a escutar com a devida atenção.

A mais de meio século de distância, percebe-se que “Mr. Compromise” não poderia ter tido título mais adequado.


26/10/24

Heroes are hard to find ( 100 )


Phil Lesh

( 15 Março 1940 - 25 Outubro 2024 )

20/10/24

Artefactos ( 137 )


Jornal "Se7e", Julho 1984


14/10/24

Jardins do Paraíso ( 86 )

 


Publicado no México em 1969, embora gravado em Janeiro do ano anterior na República Dominicana por um colectivo de músicos porto-riquenhos, “Kaleidoscope” permanece um disco raríssimo e porventura uma das maiores obscuridades do período em apreço.

Na altura em que o álbum foi concebido, o psicadelismo, designadamente o americano, encontrava-se no seu zénite. Daí não ser estranho que “Kaleidoscope” seja sobretudo influenciado pelas sonoridades americanas e quase nada por aquelas que atravessavam o Atlântico.

O fuzz, os riffs e um omnipresente órgão planante não deixam espaço para a mais pequena dúvida. The Doors, 13th Floor Elevators ou Iron Butterfly, corporizam algumas das sonoridades que assomam à memória quando se escutam temas como “Hang out”, “Hole in my life”, “Colours” ou “I’m here, he’s gone, she’s cryin”. As guitarras em modo fuzz e/ou riff, vão colorindo as telas que o órgão ( muito “The End” /  “When the music’s over” ) cria de forma obsessiva e hipnotizante.

E depois há “Once upon a time there was a world”; uma suite que resume toda a essência da linguagem psicadélica da época. Tão líricos quanto dramáticos, os 8m 10s  que a compõem definem na perfeição o legado único do colectivo Kaleidoscope.

Se existem reedições oportunas e necessárias, esta é seguramente uma delas.

25/09/24

Lost Nuggets ( 188 )


Whistler, Chaucer, Detroit, and Greenhill  "The Unwritten Works of Geoffrey, Etc." ( UNI 73034 ), USA, 1968

- "The Viper, What John Rance had to tell" ( Joseph Burnett )
- "Day of Childhood" ( Scott Fraser / Edd Lively )
- "Upon walking from the nap" ( David Bullock )
- "Live till I die" ( David Bullock )
- "Street in Paris" ( Joseph Burnett )
- "As pure as the freshly driven snow" ( Joseph Burnett )
- "Tribute to Sundance" ( David Bullock )
- "House of collection" ( Scott Fraser / Edd Lively )
- "Just me and her" ( Scott Fraser / Edd Lively )
- "On lusty gentlemen" ( Joseph Burnett )
- "Ready to move" ( David Bullock )

Membros: Edd Lively, David Bullock, Scott Fraser e Philip White.

Produção: Joseph Burnett, aka T-Bone Burnett

Gravação: Sound City Studios, Forth Worth, Texas

Capa: design e fotos: Guy Clark

09/09/24

Lost Nuggets ( 187 )

Meg Baird, Helena Espvall, Sharron Kraus "Leaves from off the tree" ( Bo'Weavil Recordings, weavil 16CD ), UK, 2006

- "Bruton Town"
- "Barbry Ellen"
- "Fortune my foe"
- "Willie of Winsbury"
- "The Nightingale"
- "John Hardy"
- "The Derry Dems of Arrow"
- "Now Westlin' Winds"
- "False Sir John" 

Meg Baird (voz e guitarra ), Sharron Kraus ( voz, guitarra e dulcimer ), Helena Espvall ( voz e violoncelo )

Canções tradicionais

Capa: design de Sharron Kraus e Dale Berning, foto Micah Danges

07/09/24

Leituras


"Easy to Love, Antologia Beat Feminina" ( Edições Sr. Teste, Julho 2021 )

"Terrascopedia nº 23" ( Agosto 2024 )

"Uma Coney Island da Mente", Lawrence Ferlinghetti ( Antígona, Março 2024 )

30/07/24

Jardins do Paraíso ( 85 )

 


Como Fred Neil, Scott Walker, Phil Ochs ou Tim Buckley, Tim Hollier possuía uma daquelas vozes “larger than life”, um instrumento adicional que de forma quase cinematográfica coloria as suas melodias e projectava os textos de Rory Fellowes.

Message to a Harlequim”, o primeiro álbum é muito isso, mais o que somam os arranjos, órgão e piano de John Cameron, a flauta de Harold McNair e o baixo de Danny Thompson.

Alicerçada em temas como o que titula o álbum, “Jimmy”, “And I”, “Hanne” ou “In Silence”,  e face ao que neles se escuta, a estreia de Hollier terá de ser analisada à luz daquela sonoridade épica e paisagística que bordejava o primeiro de David Ackles, o segundo de Buckley ou os primeiros álbuns de Tom Rush e Tim Hardin.

Prometia muito e hoje, à distância de cinco décadas, conclui-se que cumpriu sem rebuço nem hesitação. Porém, Hollier não era americano e o Reino Unido estava a despedir-se do psicadelismo em direcção ao progressivo. Não havia espaço para trovadores dos sentidos. O álbum, publicado em Outubro de 1968, passou largamente incógnito.

David Hemmings seria todavia premonitório ao escrever as notas na contracapa do disco: “… if he is your speed you will be waiting impatiently as I am for his next.”



Na verdade, abrindo com o fantástico “Seagull’s Song”, “Tim Hollier”, o segundo álbum, percorre outros caminhos, não necessariamente menos estimulantes para quem o escuta.

Um clássico do primeiro ao último tema, passando pela capa ( da autoria de Rick Cuff, também responsável pela guitarra acústica e piano ) “Tim Hollier” é um trabalho cuidado, frágil na estrutura e nos processos, mas que avaliado pelo todo se posiciona como um dos grandes discos de 1970.

John Cameron não estava disponível, logo os arranjos de cordas que pululavam no álbum anterior estão ausentes. Nada que afecte o resultado final. A escrita e a composição, partilhadas entre Tim Hollier / Amory Kane / Rory Fellowes, são acomodadas pelo já referido acompanhamento de Cuff, a que se juntam a flauta de Ed Coleman, a guitarra de Hector Sepúlveda, e a voz, piano e guitarra acústica de Amory Kane.

“Seagull’s Song” é extraordinário, como o são também “Evolution”, “Maybe you will stay“, “In this room” ou “Evening Song”.

A influência de Tim Buckley, omnipresente no álbum estreia, partilha agora o espaço com o paradigma sonoro Donovan, o que não é de todo uma má notícia.



Tal como o anterior, “Tim Hollier” não conheceu adesão significativa, apesar de Hollier ser ter esforçado por divulgá-lo ao partilhar os palcos com Joe Cocker, Nick Drake, David McWilliams, David Bowie e Third Ear Band.

Fevereiro de 1971, “Skysail”. As orquestrações de John Cameron estão de volta. Seria suposto terem algum protagonismo, harmonizando o resultado final. Nada disso  acontece porém. Genericamente, a qualidade/consistência dos temas está muito aquém do esperado ( recomendado ).

Skysail” é lamentavelmente um equívoco, difícil de compreender tendo em conta o que nos aportaram os dois discos anteriores.

Time has a way of losing you, The Tim Hollier Anthology” inclui ainda dez versões oriundas de sessões na BBC e os dois temas do single “The Circle Is Small”,  nenhum deles verdadeiramente inesquecível.

16/07/24

Artefactos ( 135 )




Revista "Let It Rock" nºs 1, 2, 3

UK, 1972