20/12/21

Artefactos ( 119 )

 


Como é público, efemérides não são uma predilecção por aqui. Para o Atalho as coisas/acontecimentos/discos foram o que foram, no tempo e no espaço em que aconteceram. Se importam, social e musicalmente, investigam-se e estudam-se. Em sentido inverso, ignoram-se.

Também não é segredo para quem tem a paciência de aqui vir ler de quando em vez, que do ponto de vista estritamente musical, 1971 é, para o Atalho, o ano de todos os anos.



Como se vem fazendo por aí, podia mencionar dezenas, porventura centenas de discos fundamentais ( grande parte deles olimpicamente ignorados ) publicados faz agora meio século.

Correria no entanto dois riscos: 1) não seria nunca consensual e 2) existiriam fortes de hipóteses de umas horas depois a lista já estar desactualizada. Cinco décadas volvidas é frequente ainda  tropeçar em álbuns oriundos daquela safra e que nunca houve oportunidade de conhecer e escutar em devido tempo.


Dito isto, não foi certamente obra do  acaso que em Julho de 1971, o nº 11 do jornal “Disco Música e Moda”  ( uma publicação meteórica dirigida por Ruben de Carvalho, 18 nºs apenas ), fazia uma capa onde constavam os nomes dos Stones, Miles Davis, Yes e Van der Graaf Generator. Algo que hoje pode até parecer banal, mas que no Portugal da época era no mínimo extraordinário.