Talvez os Old
Jerusalem nunca tenham escutado Saint Joan, particularmente o álbum “The
wrecker’s lanterna”.
Todavia, logo a abrir “A
rose is a rose is a rose”, o magnifico “A charm” como que evoca o que
de melhor aquela banda transnacional nos legou.
Desde logo através da
incontornável beleza e tranquilidade da composição; mas sobretudo na forma, por
via dos arranjos e da utilização das violas, violinos e violoncelo.
O mote ficou portanto dado.
Em tons de sépia, “A rose is a rose is a rose” continua
pelos caminhos solitários de Mark Kozelek
( “Airs of probity” ), visita a melancolia “soft country” de Bill Callahan ( “One for dusty light”,
“Dayspring” ) e vai até lá atrás, às melodias lo-fi dos Palace Brothers, num
tempo em que Will Oldham ainda não
se tinha cruzado com Bonnie Prince Billy.
Termina com
um lamento, “Twenties”, simultaneamente uma elegia e um repto à esperança ( “Don’t be so sad/No living thing is good or
bad/The cases are many/Of miserable twenties/You’re perfectly able/To grow firm
and stable/And free of regret” ).
“A rose is a rose is a rose” nasceu do inverno, mas está talhado
para fazer o seu caminho por entre os cores claras e os odores intensos da
primavera que se anuncia.