Chamam-se Flowers Must
Die ( um título retirado aos Ash Ra
Tempel de “Schwingungen” , 1972 ) chegam da Suécia, gravam quando têm
material que o justifique e publicam cuidadas edições limitadas em formato
vinil.
“Flowers Must die” é o
terceiro registo do quinteto de Malmo e foi gravado algures entre 2008 e 2012.
Um duplo álbum onde o som e a matriz space-kraut-jam-fuzz-rock são
instrumentais para atingir o resultado final.
O lado A, incluindo o metronómico “Jamfota” e a space jam
“Ennio”, funciona como uma espécie de aquecimento dos motores para o que vem a
seguir. Já em alta rotação, o lado B, através dos abrasivos “Spindlarnas Trad”
e “Koket Brinner”, tanto sugere o presente californiano de Residual Echoes como o passado nipónico de Flower
Travelling Band ou Speed Glue &
Shinki. “Okenvandring” faz ou deverá fazer as delicias dos kraut fãs. Soa
germânico até às entranhas, espraia-se por memórias várias, terrenos
monolíticos e levita em torno das inesgotáveis guitarras de Jonas Hoglund e
Sven Walan. Qualquer coisa enorme, inusitada e absolutamente incontornável.
Depois disto, o lado D teria sempre vida difícil, mas bate-se
com galhardia, com um “Blagylta”, que parte de Hamburgo e aterra em São
Francisco com passagem por Rabat, e um “Mot and Ra Vaggen” que coloca de novo
os Hawkwind no olho do furacão,
local de onde parece nunca terem saído.
E a edição foi apenas de 500 exemplares …