03/05/25
Artefactos ( 140 )
29/04/25
Lost Nuggets ( 200 )
28/04/25
21/04/25
"Motor City Is Burning, A Michigan Anthology 1965-1972"
19/04/25
Lost Nuggets ( 199 )
14/04/25
Artefactos ( 139 )
06/04/25
"Jingle Jangle Morning, The 1960s U.S. Folk-Rock Explosion"
02/04/25
Elandill "S/t"
Em 2024, numa loja de oportunidade em Chiswick nos arredores
de Londres, foi descoberto um acetato identificado por Elandill. Único exemplar
conhecido, acabou por dar origem a uma edição em vinil limitada a 227 unidades.
Até à data, nada mais se sabe sobre a origem ou história do(s) autor(es) do
artefacto.
A música, essa é profundamente britânica, matriz do inicio
dos 70s. Pastoral, progressiva, “Chamber rock”, elegante e sofisticada.
Estética e estruturalmente próxima do paradigma da Charisma
Records ( período de vigência do selo Pink Scroll ), ecoa a Genesis pré-“Foxtrot”,
Yes pré “Yes Album”, Jethro Tull pré “Aqualung”, Audience de “Friend’s Friend’s
Friend” ou até Family de “Music In A Doll’s House”.
O lado B, mais curto, segue a mesma bitola, com um detalhe adicional: as
vocalizações são “assustadoramente” semelhantes às prestações de Jon Anderson
nos primeiros álbuns de Yes, como se a intenção fosse mesmo essa ou de uma
clonagem se tratasse.
Tudo somado, “Elandill” é um belíssimo artefacto de época, do
qual certamente ainda iremos ouvir falar no futuro.
Calcula-se que nesta altura uma horda de investigadores já se
encontre em trabalho de campo, na senda de descobrir mais pormenores acerca
deste mistério.
28/03/25
Neil Young "Oceanside Countryside"
Na linha do tempo, “Oceanside Countryside” era suposto
constar imediatamente antes de “Comes a Time” (1978 ). Não aconteceu.
Publicado pela primeira vez há um par de meses na compilação
mamute “Neil Young Archives Vol III ( 1976-1987 )”, acaba de ser autonomizado numa
primeira edição em vinil.
Ainda assim, e porque estamos a falar de Neil Young, a operação
não podia revestir apenas uma mera mudança de formato. Tinha de existir mais
qualquer coisa.
Assim e relativamente à edição de “Archives”, foram retirados
do alinhamento os temas “Peace of Mind” e “Comes a Time”, sendo substituídos
por “Captain Kennedy” e “The Old Homestead”.
Como aqui pelo Atalho “Comes a Time” nunca foi uma preferência,
a substituição tende a parecer uma melhoria.
O lado A surge assim mais equilibrado com “Sail Away”, “Lost
in Space”, “Captain Kennedy”, “Goin’ Back” e “Human Highway”, versões
acústicas onde Young se encarrega de todos os instrumentos.
O lado B denota um pendor marcadamente “country”, em linha
com a inspiração do período compreendido entre “American Stars ‘N Bars” ( 1977
) e “Comes a Time”( 1978 ) e onde “Dance Dance Dance”, divulgada no álbum
homónimo dos Crazy Horse ( 1971 ) constitui a única “anomalia”.
24/03/25
Weird Herald "Just Yesterday"
22/03/25
Lost Nuggets ( 198 )
Capa: Rosemary Hardman e Janet Kerr.
18/03/25
Artefactos ( 138 )
“It was Trevor’s ( Lucas ) idea to do a rock and roll record featuring the folk rock community. This seemed a redundant exercise from the outset and I voiced concerns, but there was no enthusiasm – everyone else was on board, and I didn’t want to be left out. The results of our labours became the album “Rock On”. There was nothing new to be found in the material or the interpretations, for the most part. Sandy ( Denny ) sang beautifully, as did Linda ( Thompson ), and their performances were the highlights for me. Their duet on “When Will I Be Loved” was the outstanding track.”
( Richard Thompson )
16/03/25
Jardins do Paraíso ( 87 )
Antes de integrarem o catálogo da Warner Brothers, nele
publicando “Hard Meat” e “Through a Window” ( ambos em 1970 ), os Hard Meat dos
irmãos Mick e Steve Dolan mantiveram fugaz ligação à Island Records de Chris
Blackwell, selo onde a 9 de Agosto de 1969 lançaram o single “Rain”, uma interessante versão do título dos Beatles.
O 45 rotações, em cujo lado B constava “Burning up years”,
antecipava o lançamento de um álbum entretanto gravado nos estúdios Tridend no
Soho. Não é clara a razão pela qual o disco não foi publicado à época. O
produtor ( Sandy Roberton ) era um dos mais conceituados do seu tempo,
Blackwell, consta, estava entusiasmado, um sentimento que se supõe não ser partilhado
pelo A&R Guy Stevens.
Ao escutar “Rain”, a primeira edição em vinil daquele
conjunto de gravações, é hoje evidente o
erro colossal que foi o veto à respectiva publicação.
“Walking Down Up Street” é um rock hipnotizante que torna
legítimo especular se Randy California e
os Spirit não fariam parte da dieta musical dos Hard Meat. Idem para “Burning
Up Years”. Por fim “Run Shaker Life”, uma fantástica recriação rítmica do
título que Richie Havens incluiu no duplo álbum “Richard P. Havens, 1983” de
1969.
Duas destas canções ( “Run Shaker Life” e “Most Likely You’ll
Go Your Way, I’ll Go Mine” ) viriam a fazer parte do alinhamento do primeiro
álbum do grupo para a Warner Brothers. As restantes, com excepção das
publicadas no single, manter-se-iam inéditas cerca de cinco décadas.
Após o fim dos Hard Meat, os irmãos Dolan alavancaram os Big Front Yard, uma
banda de inspiração West Coast a que o Atalho já aqui dedicou a sua atenção.
14/03/25
Lost Nuggets ( 197 )
07/03/25
Turquoise "The return of Captain Speed"
Resultado da junção e reciclagem dos estilhaços de um
conjunto de bandas ( The Corvairs, Jer and The Renegades, Chessmen, English
Sound Project, Captain Speed ), os Turquoise eram originários do sul da
California, designadamente de Santa Barbara e San Luis Obispo.
Contemporêneos dos Strawberry Alarm Clock e dos menos
mediáticos Giant Crab, os Turquoise gravaram dois singles no decorrer de 1967: “Hello
Bill / Steel Glass” e “Sunflower Mama / Beautiful Death Dealer”, ambos objecto
de produção do “maverick” Kim Fowley.
Qualquer dos quatro temas, com particular destaque para “Hello
Bill” e “Beautiful Death Dealer” alinham pelos padrões do psicadelismo
californiano da época. Intencionalmente ou não optam por incluir um órgão “à la”
Ray Manzarek, facto que lhes permite desenvolver uma vertente “Doorsy sound”
que, não sendo propriamente inovadora, demonstra a intenção de manter a sintonia
com o paradigma de sucesso que a banda de Jim Morrison perseguia. O mesmo raciocínio
poderá ser aplicado às vocalizações de Tim Pearson, sendo que os textos deste não
logram atingir o mesmo desiderato.
Ainda assim “The return of Captain Speed” é um artefacto genuíno
que, além de recuperar os títulos acima referidos, lhes soma oito interessantes
temas gravados em 1968, desta vez sob a batuta do produtor Jim Salzer.
Equívocos vários, incorporações de membros do grupo no
exército com destino ao Vietnam, o falecimento de Tim Pearson ao que que se
conhece, fruto de comportamentos erráticos e aditivos, conduziram ao fim de uma
banda que entre outros integrou o futuro Little Feat Bill Payne.
Para memória futura ficaram as músicas disponíveis em “The return of Captain Speed” que a chancela
de qualidade do historiador e arquivista Alec Palao permite a eventuais
curiosos agora avaliar.