Em 2024, numa loja de oportunidade em Chiswick nos arredores
de Londres, foi descoberto um acetato identificado por Elandill. Único exemplar
conhecido, acabou por dar origem a uma edição em vinil limitada a 227 unidades.
Até à data, nada mais se sabe sobre a origem ou história do(s) autor(es) do
artefacto.
A música, essa é profundamente britânica, matriz do inicio
dos 70s. Pastoral, progressiva, “Chamber rock”, elegante e sofisticada.
Estética e estruturalmente próxima do paradigma da Charisma
Records ( período de vigência do selo Pink Scroll ), ecoa a Genesis pré-“Foxtrot”,
Yes pré “Yes Album”, Jethro Tull pré “Aqualung”, Audience de “Friend’s Friend’s
Friend” ou até Family de “Music In A Doll’s House”.
O lado B, mais curto, segue a mesma bitola, com um detalhe adicional: as
vocalizações são “assustadoramente” semelhantes às prestações de Jon Anderson
nos primeiros álbuns de Yes, como se a intenção fosse mesmo essa ou de uma
clonagem se tratasse.
Tudo somado, “Elandill” é um belíssimo artefacto de época, do
qual certamente ainda iremos ouvir falar no futuro.
Calcula-se que nesta altura uma horda de investigadores já se
encontre em trabalho de campo, na senda de descobrir mais pormenores acerca
deste mistério.