Dito isto, tudo o que não precisávamos era de mais um disco
meio anémico, esquecível e soporífero. Disso já há muito por aí, Weyes Blood, Josephine
Foster, Joanna Newsom …
As razões poderão ser várias: o isolamento provocado pela
pandemia ( o disco foi gravado em 2020 ), o excessivo protagonismo e influência
do multi-instrumentista Charlie Saufley, o aparente abandono da matriz folk,
campo onde a voz de Meg se movimenta na perfeição …, a verdade é que as
composições de “Furling” desiludem da primeira
à enésima audição.
O instrumental “Ashes, Ashes” apesar de constituir um corpo
estranho no universo de Meg Baird deixa no ar alguma expectativa, porém o que
se segue não está à altura. Mais à frente “Cross Bay” promete mas queda-se por
aí.
No lado B mora “Unnamed Drives” o único tema que guardaríamos
para um hipotético “Best of”. Tudo o resto transmite o gosto amargo de
desilusão. A tudo isto acresce uma estranha gafe: a capa indica um tema chamado
“Will You Follow me Home?”, todavia no disco surge outro: “The Apple Mush Gang”.
Balanço feito, o mais avisado será voltar rapidamente a “Dear
Companion” ou “Don’t Weigh Down” e esquecer este, espera-se, pequeno equívoco.