À primeira impressão poderá pensar-se que estamos perante uma
mera revisão da matéria dada, porém o novo livro de Philippe Thieyre, ao invés
dos anteriores, não se confina apenas à idade de ouro do psicadelismo anglo-americano
dos 60s.
Em “Le Rock Psychédélique en 150 figures” o autor estende a
sua análise ao art-rock / progressivo dos 70s ( Gong, Ash Ra Tempel, Milton
Nascimento, Broselmaschine, Hawkwind, Television … ), ao
abrangente neo-psicadelismo dos 80s e 90s ( Plasticland, Dream Syndicate, Bevis
Frond, Sun Dial, Rain Parade, Six Organs
of Admittance … ), terminando com um criterioso roteiro das linguagens
psicadélicas do presente século ( Espers, Psychic Ills, Black Angels, Wooden
Shjips, Ty Segall … ).
Assim, balizado entre os Yardbirds ( 1965 ) e os Heron
Oblivion ( 2016 ), “Le Rock Psychédélique en 150 figures” é um guia competente,
estimulante, notoriamente pensado para atravessar barreiras e preconceitos
geracionais.
“Le Rock Psychélélique en 150 Figures” , Philippe Thieyre
( Editions Du Layeur, 2021 ) 400 páginas