“Recording sessions in Hawai dilute Quicksilver’s
(Messenger Service) essence and motivation, and Cipollina begins to seem a
distraction rather than a linchpin of their sound. He leaves the band in
October 1970, on the same night at Winterland thar Marty Balin departs
Airplane, and news of Janis Joplin’s death reaches the stunned audience, an
epitaph for the San Francisco Sound in the making. John’s renown is such that
the Welsh group Man flies him to the London Roundhouse in May 1975 to replicate
his bar shivers for a live album. True to form, he is out of tune, as if tuning
matters in his moving target of temperament . He is my favorite guitarrist.
What more can I say?” ( Lenny Kaye
in “Lightning Striking” )
Após ter lido estas linhas no recém publicado livro de Lenny
Kaye, a admiração que já dedicava ao braço direito de Patti Smith, ao artista e
ao crítico, cresceu exponencialmente. Um privilégio que humildemente dedico a
todos os que, como o Atalho, não prescindem do legado de John Cipollina.
E foi um prazer inesperado voltar a “Maximum Darkness”, o
resultado da actuação no Roundhouse a 26 de Maio de 75. Dois guitarristas
virtuosos; num dos lados Micky Jones, no outro Deke Leonard e ao meio, ao meio,
aquele vibrato, aquele som inimitável e irrepetível que tornou Cipollina lendário.
Não será seguramente o melhor álbum dos galeses e Cipollina já não serpenteava
por “Codine” como outrora, mas representa um testemunho de inegável valor artístico
e histórico, o momento único em que três enormes guitarristas partilharam o
mesmo palco em simultâneo. No final, de regresso ao presente, a desagradável
sensação de saber que nenhum dos três já se encontra entre nós.
A boa notícia é que “Lightning Striking” pode ser lido por etapas, épocas ou,
se quisermos, por movimentos e estilos musicais, uma vez que a organização dos
capítulos isso permite. A saber: Cleveland 1952 / Memphis 1954 / New Orleans
1957 / Philapdelphia 1959 / Liverpool 1962 / San Francisco 1967 / Detroit 1969
/ New York City 1975 / London 1977 / Los Angeles 1984, Norway 1993 / Seattle
1991.
Terão ficado algumas pedras por virar. Desde logo o movimento
folk britânico dos 70s ou o período áureo dos singer songwriters, mas essas, tal como o sub-título do livro induz, não
serão as praias favoritas de Lenny Kaye.