Ao que parece o baú psicadélico da São Francisco dos 60s permanece em efervescência.
A mais recente (re)descoberta dá pelo nome de Marvin Gardens, uma banda que perseguia os padrões psych
vigentes na época e que, liderada pela vocalista Carol Duke, tinha naturalmente
em Big Brother & The Holding Company, Jefferson Airplane ou Peanut Butter Conspiracy as suas maiores influências.
Agora publicados pela primeira vez, os Marvin Gardens têm em “1968”
uma antologia que não sendo propriamente um modelo de equilíbrio, permite
conhecer mais um projecto artístico soterrado no tempo.
À boleia da voz jopliniana de Carol Duke, a música do
quinteto bordejava o folk eléctrico e o garage num cocktail psicadélico por
vezes respaldado no pioneirismo dos conterrâneos The Charlatans.
Vários demos gravados para a Warner Bros, um EP auto
produzido e um conjunto de gravações captadas em 1968 no palco do lendário
Matrix fazem deste disco um momento de saudável nostalgia e uma das
recuperações mais interessantes do ano.