Sempre pouco referida, a cena
neozelandesa tem produzido obras muito
interessantes, quando não marcantes.
A mítica editora Flying Nun e
artistas como Roy Montgomery, The Bats, The Clean ou David Kilgour, saltam da
memória sem grande esforço.
Relativamente a Mad Scene a questão é ligeiramente
diversa. Fundada por Hamish Kilgour depois de entregar The Clean ao irmão David, a banda esteve
activa entre 1992 e 1996, período no qual gravou dois LPs e alguns EPs. Depois
silêncio total até 2012, momento em que publicou “Blip”, numa edição limitada de 500 LPs.
Apoiado em Georgia Hubley ( Yo La
Tengo ), Gary Olsen ( Ladybug Transistor ) e no produtor Sonic C Boom, Hamish
retorna às “escalas imperfeitas” de Jonathan Richman e Velvet Underground, como
se o relógio tivesse parado em 1996.
Não sendo obviamente um mau
registo, difícil face ao pedigree dos intervenientes, “Blip” é competente o
suficiente para se escutar sem incómodo, mas não acrescenta mais valia
significativa ao que já conhecíamos do passado.
Fica a referência.