Junho vai ser um magnífico mês na “Psycholândia”.
A Fruits de Mer Records ( http://www.fruitsdemerrecords.com/index.html ) vai publicar de uma assentada 4 singles, que muito
rapidamente se tornarão peças de colecção, tal como sucedeu com todas as suas anteriores
edições de carácter limitado. Do menu constam , a saber:
“Hilly Fields (1892)”. 30 anos após a edição original, o autor, Nick Nicely revisita aquele que em 1982
o New Musical Express referiu como “…The
best psych single since the 60s …”. A
versão beneficia naturalmente dos avanços tecnológicos, mas mantém o formato
pop psych sixtie experimentado pelas bandas britânicas que no período se
posicionavam a jusante dos Beatles. O lado B é um rearranjo do tema com
roupagens contemporâneas, a melodia
presente, mais lenta, guitarra acústica, teclas puxadas à frente e voz em loop.
Um tema que irá integrar o anunciado novo álbum de Nick Nicely: “Lysergia”.
“Hits me like I’m stoned” por The Lucid Dream, um quarteto originário de Carlisle/Cumbria, já com
alguns singles no activo e que, torna-se mais do que evidente com a audição de
“Hits
me like I’m stoned” , alimenta um culto litúrgico por bandas como os
Suicide, Spacemen 3, Primal Scream e/ou Jesus & The Mary Chain. O flipside “Try a little sunshine” é
uma versão do original dos Factory
datado de 1969. Como o Atalho nunca escutou o original ( o single é tão raro
que quando surge à superfície, rapidamente muda de mãos por valores
estratosféricos ), apenas direi que a recuperação soa como um “psychedelic
nugget”, hipnótico, colorido e
caleidoscópico o suficiente para se tornar uma boa alternativa ao
original.
“A visit to Newport Hospital” pelos Cranium Pie configura uma vertente mais sofisticada do psicadelismo
e apela directamente aos amantes do progressivo ( o tema é um original dos Egg para o álbum “The Polite Force” ). O
lado B “Queen St. Gang” alinha por semelhante diapasão e surge como uma
recuperação dos Arzachel para o sua
edição homónima de 1969.
De regresso à terra, um testemunho dos Pretty Things ao vivo em Dezembro de 2010 no The 100 Club: o
clássico “Honey, I Need”. 2m e 17s de puro R’n’B mid-sixties em excelente
estado de conservação. “I can
never say” datado de 1965, recentemente descoberto num velho acetato
nunca publicado, completa o single mais curto do lote, mas porventura aquele
que mais furor vai fazer no mercados primário e secundário dos
coleccionadores daquela que é
simultaneamente uma das mais antigas e míticas bandas inglesas em actividade.
Todas as edições serão limitadas a 800 exemplares, com
excepção dos Pretty Things, 1200. Se o
tema vos interessar, sabem o que têm de fazer.