19/09/25

"When Will They Ever Learn? A Story of U.S. Folk Music 1963-1969"

The oft-covered ‘Morning Dew’ is understandable; it was one of a number of emotive songs evoking a fear of nuclear annihilation and its consequences dating back before the Korean War but particular heightened in the prelude to the Cuban Missile Crisis. As the 60’s wore on, the civil rights movement grew stronger, and the horrors of the Vietnan War hung over more than one generation living in the shadow of the draft. Topical songs have endured, becoming more far reaching in scope, subtler and less histrionic, but some questions remain unanswered. Look at the world around us and all the fears, concerns, threats and challanges we face, as Pete Seeger so presciently observed 65 years ago: When Will They Ever Learn?” ( Mick Houghton, do booklet de “When Will They Ever Learn?, a Story of U.S. Folk Music 1963-1969” 

As canções tinham um propósito. Os artistas causas, políticas, sociais, ecológicas, o que fosse. Desígnios que, com maior ou menor honestidade, assumiam em disco ou em palco. 

O público aderia por convicção e nos concertos, para além da vertente lúdica, a postura não era apenas a de socializar, acenar com as luzinhas do telemóvel ou beber cerveja com pó. 

Ao escutar a centena de canções que dão corpo a “When Will They Ever Learn?, a Story of U.S. Folk Music 1963-1969” torna-se difícil impedir que um notório sentimento de nostalgia desponte, com tudo o que de bom ou porventura menos bom possa vir a influenciar a análise e determinar o julgamento.
   

Corações ao alto que basta de elucubrações. Estamos muito provavelmente em presença de uma das compilações do ano, qualquer que seja o ângulo de abordagem. 

As vertentes histórica e sociológica estão presentes em muitos dos menos óbvios exemplos da banda sonora que ilustrou episódios como a guerra da Coreia, a crises dos Misseis em Cuba, o conflito do Vietnam ( pré e pós ) ou a campanha dos Direitos Civis. O dealbar do fenómeno singer-songwriter e a reabilitação do stato-quo então emergente em Nashville também. 

Concretizando: entre outros passam por aqui Pete Seeger, Odetta, Tom Paxton, Hedy West, Arlo Guthrie, Dave Van Ronk, Malvina Reynolds, Bob Dylan, Fred Neil, Barry McGuire, Bonnie Dobson, Phil Ochs, Richie Havens ou Tim Rose. 

Também Paul Simon, Tom Rush, Tim Buckley, David Blue, Judy Collins, Judy Henske, John Philips ( pré e pós Mamas & Papas ), Gordon Lightfoot, Byrds, Gene Clark, Karen Dalton, Nico, Pat Kilroy ou Tim Hardin. 

Nomes com menor divulgação e a descobrir: Peter LaFarge, Paul Clayton, Dick Rosmini, Len Chandler, Billy Edd Wheeler ou Steve Noonan. 

Pode até parecer injusto, mas face à qualidade do proposto, estes ouvidos ousariam ainda salientar as fabulosas versões de “Wings” ( Tim Buckley ) por Linda Ronstadt & The Stone Poneys e “Tin Angel” ( Joni Mitchell ) por Tom Rush. 

No que concerne a originais, “Morning Dew” ( Bonnie Dobson ), “Hey Joe” ( Tim Rose ), “Three Ravens” ( Judy Henske & Jerry Yester” ) ou “High Flying Bird” ( Billy Edd Wheeler ), mantêm toda a sua pertinência. 


Com curadoria e textos de Mick Houghton, “When Will They Ever Learn?” é em simultâneo um fresco sobre a história e um desafiante objecto de estudo.

17/09/25

Lost Nuggets ( 205 )


Otis Rush "This one's a good'un" ( Blue Horizon M 7-63222 ) Mono, UK, 1969

- "Double Trouble"
- "Jump Sister Bessie" ( Willie Dixon )
- "She's a good'un"
- "Checking on my baby"
- "Sit down baby"
- "Love that woman" ( Lafayette Leake )
- "Keep on loving me baby - take A"
- "Keep on loving me baby - take B"
- "My baby is a good'un"
- "If you were mine" ( Willie Dixon )
- "I can't quit you baby" ( Willie Dixon )
- "All your love (I miss loving)"
- "Groaning the blues"
- "It takes time"
- "Violent love"
- "Three times a fool"
- "My love will never die"
- "She's a good'un"

Otis Rush: canções, voz e guitarra; com: Shakey Horton ( harmónica ), Harold Ashby e Lucius Washington ( saxofone ), Lafayette Leake, Little Brother Montgomery e Ike Turner ( piano ), Willie Dixon ( baixo ), Al Duncan, Odie Payne e Fred Below ( bateria ), Jody Williams, Reggie Boyd e Louis Miles ( guitarra )

Coordenação de Richard e Mike Vernon

Capa: design de Terence Ibbott, foto de Jan Persson


Record Collector nº 324, Junho 2006

11/09/25

Artefactos ( 141 )








"Collectabel UK Labels"

Jorn R. Andersen, com Kjell Stalhane e Haaken Eric Mathiesen

Edições privadas, publicadas entre 2003 a 2008

Noruega

08/09/25

David Ackles "Down River, In Search of David Ackles"


"Down River, In Search of David Ackles

Mark Brend

Jawbone Press, UK, 2025

248 páginas
 

Tudo, ou quase tudo, o que sabíamos e ainda não sabíamos sobre a personalidade e o legado de David Ackles

14/08/25

Duffy Power & Argent "Hell Hound: The Lost 1971 CBS Album"

 


Duffy Power. You remember the name! Used to be a rock and roll singer … Duffy Power is still playing good music today but must be one of the unluckiest men around for he always seems to gain recognition in hindsight.” ( Sounds, Abril 1972 )


Entre os primeiros singles ‘rock and rollianos’ para a Fontana e Parlophone no início dos 60s e o opus “Innovations”, gravado entre 1965 e 1967 ao lado de John McLaughlin, Jack Bruce, Danny Thompson e Terry Cox mas apenas publicado em 1971, o nome de Duffy Power surgiu apenas em 1969 na compilação “Firepoint” ( vidé Lost Nuggets nº 169 ) por via da inclusão de dois dos seus temas.

No entretanto, após o fim dos Zombies e o dealbar dos Argent, Rod Argent e Chris White ensaiaram ainda que de forma fugaz alguns projectos autónomos de gravação/produção, sendo que um deles acabaria por incidir sobre Duffy Power, uma admiração antiga de ambos.

As sessões decorreram entre 1970 e 1971 e, para além dos quatro membros dos Argent, contaram com as colaborações de Ollie Halsall, Neville Whitehead, Sam Mitchell, Danny Thompson e Terry Cox entre outros.



Extraído das sessões, “Hell Hound” tendo no lado B “Hummingbird” um original de Leon Russell, foi lançado como single. Na sequência do seu reduzido sucesso a CBS cancelou a edição do projectado álbum ( “Some of my best memories are with Duffy, so I was shocked when CBS thought it was ‘unfinished’! It’s a treasure! Duffy never got the recognition he deserved”, Chris White ).

Hell Hound: The Lost 1971 CBS Album” protagoniza, finalmente o reconhecimento. Em retrospectiva, ( Duffy Power faleceu em 2014 ) e sem grande margem de erro, é possível afirmar que caso tivesse sido publicado em tempo, seria hoje visto como um clássico ou, no mínimo, como um clássico obscuro.

Em primeiro lugar a voz, aquela voz profunda e “suja” própria dos cantores que vivem com o blues colado à pele; depois as sumptuosas versões ( a já referida “Hummingbird”, “Corrina” de Taj Mahal, “Lover’s Prayer” de Randy Newman e “Lawdy Miss Clawdy” de Lloyd Price ); por fim os originais “Song about Jesus”, “The River” ou “Sally Plain”.

Hell Hound: The Lost 1971 CBS Album” não pretende reescrever a história, antes reposicioná-la.

07/08/25

Record Files ( 33 )

 


Local onde, entre os anos de 1964 e 1972, operou o lendário clube Les Cousains, 49 Greek Street no bairro londrino do Soho, é também o título de uma muito interessante e pouco conhecida compilação do inicio dos 70s.

Com dedicatória: “For everyone who’s ever been on, played or sung at 49 Greek Street”, o álbum agrupa um conjunto de artistas com ligações contratuais a  Sandy  Roberton, o qual se encarregou da produção e também da constituição da banda de apoio ( Ashley Hutchings, Danny Thompson, Martin Stone, Andy Roberts, Terry Cox, Alan Davies e Gordon Huntley entre outros ).

À época, dos dez temas presentes nove eram inéditos, sendo que apenas “Spread Your Carpet” na voz de Nadia Cattouse tinha sido anteriormente publicado na compilação “Folk Festival”.

Os restantes constituem pequenas pérolas do psych-folk britânico com particular destaque para “Shifting Sands” pelos Synanthesia, o instrumental acústico “Untitled Piece” de Andy Roberts, “Running Shoes” de Al Jones ou “Strange Fruit” e “Persuasion” dos Tin Angel ( os Hard Meat aqui sob pseudónimo por razões contratuais ).

 Al Jones – “Running Shoes”

Andy Roberts – “Untitled Piece”

Tin Angel ( Hard Meat ) – “Strange Fruit”

Synanthesia – “Shifting Sands”

Keith Christmas – “Robin Head”

Robin Scott – “Red Road Digger”

Tin Angel ( Hard Meat ) – “Persuasion”

Nadia Cattouse – “Spread Your Carpet”

Mike Hart – “Elsie Straws Saga”

Al Jones – “It Takes a Lot To Laugh, It Takes a Train To Cry” ( Bob Dylan )


"Flashback" nº 3, 2013

27/07/25

Lost Nuggets ( 204 )


Dorris Henderson and John Renbourn "There You Go" ( Columbia SX 6001 ), Mono, UK, 1965

- "Sally Free And Easy"  ( Cyril Tawney )
- "Single Girl" ( Trad. arr. John Renbourn )
- "Ribbon Bow" ( Trad. Dorris Henderson )
- "Cotton Eyed Joe" ( Trad. - Henderson )
- "Mr. Tambourine Man" ( Bob Dylan )
- "Mist On The Mountain" ( Robert Penn Warren - Renbourn )
- "The Lag's Song" ( Ewan MacColl )
- "American Jail Song" ( Trad. - Henderson )
- "The Water Is Wide" ( Trad. - Henderson )
- "Something Lonesome" ( Renbourn )
- "Song" ( John Donne - Renbourn )
- "Winter Is Gone" ( trad. - Henderson )
- "Strange Lullaby" ( Judith Piepe - Renbourn )
- "You're Gonna Need Somebody On Your Bond" ( Trad. - Renbourn )
- "One Morning In May" ( Trad. - Henderson )
- "A Banjo Tune" ( Trad.- Henderson - Renbourn )
- "Going to Memphis" ( Trad. - Henderson - Renbourn )

Dorris Henderson ( voz ) e John Renbourn ( voz e guitarra )

Produção de Guy Robinson

Foto de capa: Brain Shuel


"Record Collector" nº 175, Março 1994


"Shindig Magazine" nº 162

20/07/25

Leituras



Donald Ray Pollock "Knockemstiff" ( Cutelo Edições ) 2025

Terrascopedia Nº 25 ( Edição Privada ) 2025

Brad Watson "Últimos Dias Dos Cães-Homens" ( Cutelo Edições ) 2025

16/07/25

Lost Nuggets ( 203 )


Andy Irvine "Rainy Sundays ... Windy Dreams" ( Tara Records 3002 ) Lyric Insert, Irlanda, 1980

- "The Emigrants
a) Come to the land of sweet liberty
b) Farewell to old Ireland
c) Edward Connors"
- "Longford Weaver"
- "Christmas Eve"
- "Farewell to Bally Money"
- "Romanian Song"
- "Paidushko Horo"
- "King bore and sandman"
- "Rainy Sundays"

Andy Irvive: voz, bouzouki, mandolim, mandola, hurdy-gurdy e harmónica; com: Donal Lunny ( guitarra, bouzouki, harmonium, flauta e percussão ), Lyan O'Flynn ( gaita de foles ), Paul Brady ( guitarra e piano ), Frankie Gavin ( violino, viola, flauta ), Rick Epping ( acordeão e harmónica ), John Wadham ( bongo e congas ), Paul Barrett ( piano eléctrico e polymoog ), Garvan Gallagher ( baixo ), Keith Donald ( sax soprano ) e Lucianne Purcell ( vozes ).

Produção: Donal Lunny

Gravações: Windmill Lane Studios, Dublin

Capa: design de Charles O'Neill, fotos de Colm Henry


Record Collector # 305, Dezembro 2004

14/07/25

Heroes are hard to find ( 104 )



Dave Cousins ( Strawbs )

 (1940 - 2025 )

09/07/25

Peach & Lee "Not For Sale 1965 - 1975"

 


“Hold on / It’s Better” um single promocional gravado para a RCA em 1971, constituía até há uns meses a única publicação oficial de Peach & Lee  ( Arlis Peach e Larry Pee ) uma dupla originária do Iowa.

Not for Sale 1965 – 1975” corporiza a primeira edição das canções que a dupla foi gravando aqui e ali ao longo da década em apreço.

Sequelas dos Beatles, Merry-Go-Round ou Badfinger e prequelas notórias de Big Star, Raspberries ou Dwight Twilley Band as canções que integram este duplo álbum são do mais genuíno e empolgante que o power pop americano produziu, designadamente na época.

Inverosímil o facto de terem ficado por descobrir durante cinco décadas.

03/07/25

Record Files ( 32 )



Entre outros, poucos, “Crucifix in a Horseshoe” é um dos álbuns que procuraria salvar de uma catástrofe natural, ou de qualquer outra. 

“Life After Dead”, “Motel Blues” e “And You Say I’m Too Dependent On My Mind”, os três primeiros temas, são absolutamente extraordinários, sendo que a versão electrificada de “Motel Blues” pede meças ao espartano e inspirador original acústico de Loudon Wainwright

Mais conhecido como cantor ( Manfred Mann, The Blues Band ), Paul Jones nunca viu justamente valorizados os seus dotes enquanto compositor, muito provavelmente porque “Crucifix in a Horseshoe”, o seu trabalho mais adulto, permanece ainda hoje relativamente obscuro, mesmo junto dos fãs da Vertigo, a editora que o publicou em Novembro de 1971. 

O Atalho já anteriormente fez referência ao disco na rubrica “Lost Nuggets nº 13”. Volta agora ao tema para sinalizar uma reedição em CD da RPM Records datada de 2010 e que terá passado relativamente despercebida. 

Não tanto pelo áudio, o qual permite descobrir detalhes dificilmente não identificáveis na edição original de vinil, mas sobretudo pela inclusão de mais seis títulos que resultaram de sessões levadas a cabo em 1972 e projectadas para publicação na Vertigo sob o número de catálogo 6360 075 ( logo após “Changes” dos Catapilla e imediatamente antes de “Belladonna” de Ian Carr ), algo que todavia nunca aconteceu porque os responsáveis da editora, ao que se sabe, não encontraram entre os temas propostos um potencial single. 



A referência a Catapilla e a Ian Carr não é inocente. Os 34 minutos que duram estes seis temas têm, do ponto de vista estético e/ou sonoro, mais a ver com aqueles projectos ( ou com outras matrizes Vertigo como Nucleus, Cressida ou Colosseum ) do que propriamente com “Crucifix in a Horseshoe”. 

Este foi gravado em Nova Iorque, produzido por Ted Cooper e arranjado por Thomas Jefferson Kaye, tendo contado com um naipe de músicos americanos para o efeito creditados como White Cloud e em cujos curriculuns surgem colaborações com Dr. John, Rhinoceros, Gene Clark, Byrds ou Elephant’s Memory . A pegada sonora é pois vincadamente americana. 

Os seis temas bónus no CD da RPM foram gravados em Inglaterra. Os músicos / co-compositores são, entre outros: George Khan ( Mike Westbrook Orchestra, Pete Brown and His Battered Ornaments, The People Band ), Dave Macrae ( Matching Mole, Nucleus, The Mike Gibbs Band, Soft Machine ), Gary Boyle ( Mike Westbrook Orchestra, Brian Auger & The Trinity, Isotope ), Roy Babbington ( Centipede, Keith Tippett Trio, The Mike Gibbs Band, Soft Machine, Matching Mole ) e Roy Otemro ( The Lee Riders ). 

No total e exceptuando o desajustado “Wrestler”, são 34 minutos de jazz rock experimentalista a que adicionam fortes pinceladas de Canterbury. Um conjunto aparentemente contrastante com o que se escuta em “Crucifix in a Horseshoe”. Apenas aparentemente, porque o substantivo “complemento” faz aqui todo o sentido.

22/06/25

Lost Nuggets ( 204 )


Gary Farr "Strange Fruit" ( CBS S 64138 ), UK, 1970

- "In the mud"
- "Old man boulder"
- "Strange fruit" ( Lewis Allen )
- "Margie"
- "Revolution of the season"
- "About this time of year"
- "Down among the dead men"
- "Old man Moses"
- "Proverbs of heaven and hell"
- "Sweet Angelina"

Gary Farr: canções, voz, guitarras e harmónica; com: Richard Thompson ( guitarra solo ), Ian Whiteman ( piano e flauta ), Roger Powell ( bateria ) e  Mick Evans ( baixo )

Produção: Fritz Fryer

Arranjos de cordas: Mike Batt

Capa: fotos de Eric Hayes e Daniel Leone


Record Collector # 318, Janeiro 2006

18/06/25

Lamb "An Extension Of Now: Unreleased Recordings 1968-1969"

 


Above all, we weren’t trying to do anything like anybody else. We were odd for the oddballs! We just simply did what came out. That was really what makes, I think, our music stand apart.”  ( Bob Swanson )


Impossível de caracterizar, Lamb ( duo constituído por Bob Swanson e Barbara Mauritz ) criou uma das mais ecléticas e intrigantes obras musicais que São Francisco conheceu nos finais dos 60s.

Coexistem nos seus três LPs fragmentos de folk, rock, roots, country, gospel, clássico, psicadélico, blues, raga-rock…, todos ou à vez contribuindo para a criação de uma aura tão mística quanto esotérica a qual, naturalmente, e tendo em consideração os padrões comummente vigentes e celebrados na música da west cost da época, nada ajudou ao sucesso do projecto.

Até há pouco tempo admitia-se que “A Sign of Change” ( 1970), “Cross Between” e “Bring Out The Sun” ( ambos de 1971 ) seriam os únicos testemunhos do trabalho que o duo levou a cabo. Sabe-se agora que Bob Swanson tinha na sua posse fitas contendo gravações que pré-datam o primeiro álbum em quase dois anos. Julho de 1968 mais precisamente.



( Foto de Robert Altman )

Austero, predominantemente acústico, “An Extension of Now: Unreleased Recordings 1968-1969” reúne um conjunto de temas que sem grande risco poderemos classificar de inéditos, tanto mais que os poucos que vieram a integrar o alinhamento dos álbuns acima, conhecem aqui desenvolvimentos e versões diversas.

Ancorado em dois títulos: “Flotation” e “La Plaza De La Paz”, “An Extension Of Now” é um estimulante desafio que, uma vez cumprido, se revela amplamente recompensador.

Somam-se, um excelente aúdio ( tendo em conta a idade das fitas ) e as notas de Richie Unterberger, informativas e competentes como é de resto habitual.

06/06/25

Lost Nuggets ( 203 )


Jaki Whitren "Raw But Tender" ( Epic EPC 65645 ) Lyric Insert, UK, 1973

- "New Horizon"
- "Oh Little Boy" ( Jaki Whitren / Alan Baker )
- "A Little Bit Extra Please"
- "Country Life"
- "To a Friend, Through a Friend (Let Your Feelings Burn)"
- "But Which Way Do I Go?"
- "Give Her The Day"
- "Ain't It Funny?"
- "I've Though Hard About It"
- "As That Evening Sun Goes Down"
- "Human Failure" ( Mike Leslie )
- "Running All The Time" ( Whitren / Baker )

Jaki Whitren: canções ( excepto as indicadas ), voz, guitarra e banjo, com: Pat Donaldson, Brian Brocklehurst e Lindsay Cooper ( baixo ), Gerry Conway ( congas e bateria ), Albert Lee ( guitarra dobro ), Rob Young ( flauta ), Marie Goosers ( harp ), Henry VII ( jug ), John Van Derrick ( violino ), Gordon Huntley ( guitarra slide ), Frank Ricotti ( congas ), Ivan Chandler ( piano ), Malcolm Griffits ( trombone ), Stan Sulzmann ( sax tenor ), Stuart Cowell ( guitarra ) e Mike Leslie ( voz e guitarra ).

Produção de Stuart Cowell

Arranjos de Rob Young

Capa: design de Roslav Szaybo, foto de Valerie Santagto.


Record Collector 318, Janeiro 2006